De acordo com a classificação de transtornos mentais e de comportamento da Organização Mundial de Saúde, o alcoolismo é definido como um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos no qual o uso do álcool alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que outros comportamentos que antes tinham maior valor.
A dependência do álcool é um problema frequente: atinge cerca de 10% da população adulta brasileira.
A incidência é maior entre os homens (70 %) do que entre as mulheres; mas este quadro está mudando…
Quando o costume vira vício… Poucos percebem!
Apesar do abuso do álcool ser um pré-requisito para o alcoolismo, o mecanismo biológico do alcoolismo ainda é incerto. Para a maioria das pessoas, o consumo de álcool gera pouco ou nenhum risco de se tornar um vício.
Outros fatores que geralmente contribuem para que o uso de álcool se torne alcoolismo são variados, podendo envolver fatores de origem biológica, psicológica e sociocultural. Por ser muito relacionado à socialização – os primeiros efeitos do álcool são euforia e desinibição – é comum que o hábito se inicie na adolescência, período em que começam a ser frequentes as reuniões com ofertas de bebidas alcoólicas.
Melhor investigação
Se uma das perguntas tiver a resposta afirmativa, é sinal de que é necessária uma melhor investigação. Procurar um médico é uma boa opção.
Síndrome de Abstinência
A síndrome de abstinência do álcool é um quadro que aparece pela redução ou parada brusca da ingestão de bebidas alcoólicas após um período de consumo contínuo.
A síndrome tem início 6-8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo caracterizada pelo tremor das extremidades (mãos e pés), acompanhado de distúrbios gastrointestinais (náuseas, vômitos), sudorese excessiva, distúrbios de sono e um estado de inquietação geral , com ansiedade e irritabilidade (abstinência leve).
De acordo com a ABP, cerca de 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de abstinência grave ou “delirium tremens” que, além da acentuação dos sinais e sintomas acima referidos, caracteriza-se por tremores generalizados, agitação intensa, podendo evoluir para convulsão e estados de confusão mental, com desorientação no tempo e espaço e alucinações.
Consequências
Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças.
As mais frequentes são:
O psiquiatra é o médico que trata do paciente que sofre com o alcoolismo. Procure ajuda!
A primeira questão é o doente reconhecer que é alcoolista e querer mudar a situação.
Depois, a família e/ou o dependente devem procurar um psiquiatra que avaliará as possibilidades de tratamento.
O tratamento baseia-se na desintoxicação, retirada da bebida alcoólica com acompanhamento profissional, na ingestão de medicamentos que auxiliem no controle do desejo de beber e no aconselhamento individual ou em grupo.
O envolvimento da família é fundamental nessa etapa, pois o alcoolismo é uma doença que envolve o dependente e todos do seu convívio.