Popularmente, chamamos de mania o gosto exagerado por algo ou algum hábito. Em Medicina, denominamos Mania um estado de humor desproporcionalmente elevado em relação às circunstâncias do indivíduo, que fica excessivamente animado, expansivo ou irritável, com duração mínima de uma semana.
O primeiro episódio é mais frequente entre os 15 e 30 anos mas, a doença, na verdade, pode se manifestar bem antes, na infância, ou em qualquer idade, até mesmo em idosos.
A causa exata ainda não é conhecida. Acredita-se que certos acontecimentos da vida possam preceder o início dos sintomas, mas não causá-los. O fator genético é muito importante, certamente.
Algumas substâncias químicas presentes no cérebro, como por exemplo a norepinefrina, encontram-se em níveis elevados na Mania.
Pacientes com graus leves e moderados de Mania não procuram auxílio médico, pois acreditam estar com muita energia, disposição e alegria, o que retarda o tratamento e, na verdade, mascara a doença.
Pessoas com Mania, comumente são sociáveis, autoconfiantes, falantes, mas podem se tornar irritadas rapidamente se seus desejos não forem atendidos. Podem ficar noites sem dormir, o que acaba intensificando a mania.
São sedutores, têm o desejo sexual aumentado.
À medida que a mania fica mais intensa, falam rápido demais, notam seus pensamentos indo e vindo com grande velocidade, passam a falar em voz alta e são por vezes incompreensíveis.
Estão presentes, em alguns pacientes, delírios e alucinações, da mesma forma que nos pacientes com Esquizofrenia.
Como não existem exames de diagnóstico de episódio maníaco, ele é puramente clínico, através da observação do comportamento e da entrevista com o paciente ou seus familiares. Alguns pacientes com lesões cerebrais específicas em estudos de imagens são mais propensos à Mania.
COMO DIFERENCIAR A MANIA DE OUTRAS DOENÇAS?
Há doenças e medicamentos que podem induzir ou mimetizar a Mania, exacerbar seu curso e gravidade.
Outros Transtornos psiquiátricos estão associados com a Mania ou com ela se assemelham:
O abuso de substâncias tende a intensificar a Mania.
Assim, o médico necessita avaliar vários aspectos da vida do paciente, analisar diferentes esferas comportamentais e entrevistar tanto paciente quanto familiares com grande atenção, a fim de realizar um diagnóstico preciso e prescrever o melhor tratamento medicamentoso e psicoterápico, quando houver indicação.
Todos os aspectos abordados evidenciam a necessidade de se tratar a saúde mental tanto quanto cuidamos dos demais órgãos do nosso corpo, ou até mais!